Tio Patinhas nº 562 (Maio/2012) (c/prévia)

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filipechamy@yahoo.com.br

E Donald Duplo? Não era prometido pra Tio Patinhas no primeiro semestre de 2012?

Quem sabe em junho né, eu só postei julho, mas acho q n, acho q sai em especial mesmo (achômetro)

Enviado!

Estou achando que o sergio encontrou algum link no google que mostra conteúdo interno editora! No passado já descobri um link da volkswagem com fotos exclusiva de lançamentos dos novos modelos meses antes de eles serem lançados e nem mesmo as revistas tinham acesso a estas fotos! hehehe

Psiu malucodisney, apaga isso que falaste... se a abril ver isso ela não deixa mais vazar...

Uau, essa do Rota e do Halas (umas das minhas duplas favoritas) promete muito!

De resto, uma bela seleção mesmo.

Voltando ao foco do topico, acabei de ler a parte final da saga de Ducktales BOOM.

COM SPOILERS!

* Como o Filipe disse, achei válida a publicação do material no Brasil, apesar de não ter curtido como saiu. Mutilado em 2 meses e sem uma definição se o segundo arco será publicado (mas eu já chego nisso). Pra mim essa Saga teria ficado perfeita numa Tio Patinhas Extra-Especial, com 88 páginas e a história completa. É aquela ideia que vivo rebatendo, a editora mantê-se com uma linha ultrapassada e arcaica e quando tem a chance de inovar e testar algo diferente dá pra trás.

* Quanto a história, ressalvadas as criticas da edição anterior (ver topico de abril), continuo achando vários pontos da história furados, mal trabalhados e com um exarego enorme no fanservice que mais trás problemas a trama do que ajuda ela a ser épica. Acho que a Boom errou gigantemente ao convocar o Warren Spector para costurar um roteiro para essa historia. Culpa do game Epic Mickey em alta na época, na qual Spector tambem costurou uma história que fura e muito com o universo dos quadrinhos. A minha impressão é que Spector apenas pegou algumas HQs famosas do Barks e leu antes de fazer o roteiro e usou elas de background. Ele realmente não parece entender a complexidade e as personalidades em sua totalidade desse universo. Que falta fez um Fausto Vitaliano agora.

* Não consigo entender, por exemplo, qualé da falta de postura quanto aos Metralhas, todos iguais, sem qualquer personalidade, apenas como figurantes e dezenas de milhares na trama a toda hora, sem qualquer carisma.

* A trama na ilha de Oko-Oko é totalmente sem noção em seu desfecho. Todo mundo se estapeando, em quadros abomináveis, com depois a cena do macaco e o rubi que quica mais do que bola de tênis e nunca cai no chão. Para um cenário onde ficou a trama estagnada quase desde o primeiro capítulo eu esperava algo mais esperto, mais tensão. Uma solução boba que apenas serviço para acelerar o roteiro, que aí perceberam que estava a passos de tartaruga e só faltava 10 minutos pro final do segundo tempo. E falando em Oko-Oko, achei a forma como o roteiro tira a vilã de Darking Duck da trama algo ridiculo e absurdo. Isso porque no capítulo anterior dá todo aquele engrandecimento em cima dela e abre um leque de mil possibilidades, pra nada! O uso do Donald na trama é ainda mais frustante. Até a Margarida teve mais tempo de destaque do que ele.

* O Bituca foi outro personagem extremamente mal trabalhado. Figurante por quase toda a aventura, com indices de covardia, desaparecendo a trama as vezes (o qual achei que teria alguma reviravolta ou traição) e no final a gente descobre que o uso dele por toda a aventura era só uma desculpa para coloca-lo como o novo administrador do museu. fala sério.

* Um ponto positivo dentro da historia é a explicasão e o acerto cronologico do Boing entre o universo de Ducktales e Darkwing Duck, ainda que fique no ar quando a Patricia pergunta pra ele porque ora ele está aqui e ora lá. Essa fusão de universos é o ponto alto do roteiro. Algo bem sacado, e que poderia enriquecer ainda mais o universo de ambas as séries se a Boom tivesse continuado na produção das histórias. Eu acompanhei o primeiro arco de Darkwing Duck da Boom e posso garantir que a qualidade tanto dos desenhos quanto do roteiro é 100 vezes melhor do que Ducktales. Eu fico triste por ver essa discrepancia na qualidade das historias, a Boom realmente deve ter tido algum problema interno que no final fez ela ter esse servicinho mediano em Ducktales, que foi um dos ultimos trabalhos da editora. Até mesmo se você for olhar Tico e Teco Rescue Ranger, é de deixar o queixo caido os desenhos (a historia eu não sei, ainda não li, mas lerei)

* E essa fusão de universos é o principal motivo para querer que o arco sequinte a essa HQ seja publicado no Brasil. A história termina com um gancho gigantesco com a Maga Patalogika e as vilãs de Darwing Duck. Nada faz sentido algum parar a publicação aqui. O narrador ainda dá uma trollada "mas isso fica para uma outra historia". Nossa vai ser muito brochante se o arco seguinte não for publicado. Na real eu acho que esse arco de estréia só serviu mesmo para esquentar a revista para o crossover real entre Ducktales e Darkwing Duck, que vem assim que a trama Legítimos Donos acaba. Mas vai sair no Brasil? Já vimos as capas de Tio Patinhas de Junho e Julho e sabemos que não. E depois disso?

* Voltando a trama, a historia depois de Oko-Oko acerela e perde um pouco foco e interesse. As homenagens a Barks estão ali, quase a todo momento. Mas não estou certo se elas realmente honram a memória do Mestre. É tudo tão rápido, tão presumível que entendo porque os americanos não conseguiram ser conquistados pela revista. HQs Disney não é publicado com frequencia lá fora e mesmo que a coleção de Barks tenha sido publicado na época em formato luxo, ainda é um material que poucos tiveram acesso e quem teve no passado, fica dificil lembrar de eventos e marcos que a HQ trata com toda a naturalidade do mundo, como se você tivesse lido a historia ontem. Assim não dá. Não é igual as sequencia do Don Rosa e todo o trabalho cuidadoso que ele teve quando fez historias com base no legado de Barks.

* Também achei bobo o uso da água-viva gigante e o fato dela ter ficado em patópolis no fim da historia. Qual o uso para um "pet" dessa magnitude em eventos futuros? Como explicar a existencia dela sempre que o roteirista a usar? E se não usar é ainda pior, porque é como se nunca tivesse existido e o final dessa HQ fica ainda mais furado. Outro problema foi a forma como o Gastão foi inserido na trama, pela vilã Cinnamon de Darkwing Duck. Também há muita presunção para os leitores sacarem de onde ela veio e porque diabos está trabalhando para o Pataconcio. Mais ingenuidade ainda é achar que hipnotizado o Gastão traria sorte ao Pataconcio ficando AO LADO do Tio Patinhas. E WTF? Como assim no final da historia a Margarida lembra no melhor momento possivel que ela e o Gastão foram hipnotizados?

* E alguem me explica porque o Tio Patinhas teve que comer as cartolas com o Pataconcio? OK, dois artefatos de fato voltaram a Patopolis, mas ele não entregou 4? E dois não é maior do que nenhum, numero do Pataconcio? Afinal o Dinossauro voltou para a ilha e para sua mãe (um das devoluções mais honestas e agradaveis que a HQ apresentou por sinal. Achei muito tocante isso) e o casaco de ouro, bem, ficou lá com as Harpias, não? O Gastão ter conseguido dois tufos de volta não conta. Sei lá, discordei dessa historia da aposta ter dado empate. Não é bem assim. Ah e que solução mecretefe pro Pataconcio, anunciar sua vitorio no Museu com todas as suas coisas escondidas lá. Quer dizer que ninguem foi conferir se ele realmente estava devolvendo os artefatos? Fala sério. Horrivel roteiro.


Mais uma vez. A publicação da HQ foi válida. Eu acho que nós mereciamos ter visto o trabalho dos americanos com Ducktales, mas sinto que o formato foi errado e que a sequencia deveria vir logo a seguir. Acho que para o primeiro trabalho da Boom com Ducktales, ela merece um tapinha nas costas e um "continue se esforçando. Mande o Spector jogar Wii e chame um roteirista de verdade". Acredito que o arco 2 seja um pouco melhor (pois junta-se ao grupo de roteiristas o cara que cuidou de Darkwing Duck) e se a Boom tivesse continuado a criar as histórias, com a mais absoluta certa que a coisa iria acabar melhorando e ficando digno de leitura. Pena que acabou antes dela se aperfeiçoar. Para uma primeira vez, valeu a experiência.

Nós fariamos melhor? Sim, mas cadê a republicação de Ducktales no Brasil para esfregarmos na cara da Boom? Um material digno de exportação, perdido no baú de mofo da Abril.

Concordo com o mal desenvolvimento do Bituca, que a toda hora era retratado como um personagem dúbio e na verdade não era nada...

Também achei ridículo os artefatos estarem escondidos no museu... E nem tinha me tocado desse erro besta das cartolas indevidamente comidas pelo Patinhas. Caramba, coesão ZERO nesse roteiro...

Da 49 pra 53?

andreyl. escreveu:Da 49 pra 53?

sim, achei de maior relevancia para previa

Filipe Fauntleroy escreveu:Já a história do Superpato, assim como na edição anterior, foi a melhor da edição. Tem um final meio manjado, mas trabalha bem com o clichê, e no restante ela é bem curiosa, ao vermos a relação dos sobrinhos com o tio e certas consequências de certa ação dos patinhos (motivada por curiosidade, por desafio a um colega, por inconsequência natural da infância etc.)...

Ontem terminei a mensal do Tio lendo a HQ do Superpato. Mais uma ótima HQ com o personagem. Com uma boa construção da narrativa, não me admira, pois o SP dos anos 90 é muito bacana, muito melhor do que fizeram com ele alguns anos atrás (e só agora é que melhorou). Pena que o clichê da história acaba sendo tudo muito óbvio, apesar de que em um ou dois momentos achei que não era um sonho e que o Pardal acabaria interferindo e apagando a memória da cidade inteira. Mas o roteiro só tinha mesmo essas duas soluções pela proporção que a coisa acabou tanto. Pena que trabalharam pouco na ideia de "como assim o azarado do Donald é o Superpato?", no confilto de personas que a propria identidade do SP se conlita com PD, ficou meio natural a reação das pessoas. Eu achei que rolaria uma surpresa maior. Tipo a cena dos Metralhas na Caixa Forte... se fosse o Donald ali sentado eles teriam a mesma reação? Mas eles sabiam quem era o SP, não? Pois é.

Mas ainda assim a melhor HQ da edição sem dúvida alguma. Também gostei da arte da HQ e dos quadros, fungindo um pouco do padrão basico demais dos italianos, principalmente nas cenas com sombras e escuridão.

T_thiago escreveu:

O Donald costuma sonhar que é o Superpato? Ele fala dormindo?

PS.: Parece que o Donald tá se esfregando no travesseiro. XD

Eu que não gostei da primeira parte. Acabei não comprando para ler a continuação.

Marcelo PTavares escreveu:Eu que não gostei da primeira parte. Acabei não comprando para ler a continuação.

mas vai se desfazer da primeira parte? ou vai deixá-la incompleta na coleção?

Acho que o Marcelo vai comprar depois, Thiago!

Vou ficar com a história incompleta mesmo. Perdi o interesse em saber do final.