A História de Patópolis (Maio/2012)

Denis escreveu:Interessante a aparição do Boinifácio, este obscuro personagem (para mim), na série.

A muito tempo que não o vejo nos quadrinhos!
Sinto falta da vasta opções de personagens da Disney, hoje esquecidos.
Como já falaram aqui, é só pato e rato.

Rolaram poucas opiniões aqui sobre a História de Patópolis, né? Acho que o pessoal não teve tempo de ler ou não comprou mesmo...

Eu andei lendo e sério de que alguns de vocês gostaram da saga? Essa é um dos raros materiais nacionais que realmente nunca consegui ler, mas agora que li, tenho certeza que fiz bem nunca me interessar com afinco em relação a mesma. Quer dizer não é um material ruim, mas está anos luz de ser algo épico ou memorável como cantaram de galo por aí. A saga em si é tão bobinha que se saisse numa BIG combinaria muito melhor (claro que aí não teriamos o material extra do Alencar, que salva totalmente a edição).

Ainda falta ler o último capítulo (do Metralhão), mas não achei nada muito glamuroso até onde li. Pelo contrário achei até fraco alguns argumentos, o salto histórico e até mesmo o enredo de certos capítulos. Os dois extras, feito para TP Especial, por exemplo, não acrescentam em nada de nada, sendo que o capítulo do Boinifácio é terrível.

O caso é que eu não gosto muito quando se coloca os personagens sobre determinado aspecto. Por exemplo, o de que todos os antepassados de um personagem possuem uma cópia exata de si mesmo. O Tio Patinhas de Pena Rubro é o mesmo Tio Patinhas do Séculos da Luzes que é o mesmo Tio Patinhas original. Nada muda nas persnalidades. Achei incorente o Patinhas do século das luzes ter uma caixa-forte só pra deixar de exemplo.

Uma coisa é um personagem vir de uma árvore genealógica, outra é ser o mesmo, mas em épocas diferentes. Outro defeito da HQ é colocar os personagens para interagir com seus próprios universos, um bom exemplo é a HQ do Mickey e Pateta clones no Faroeste, o Cel Cintra é xerife (todos os antepassados do Cintra são autoridades policiais? Nepotismo isso, só pode! XD). Mickey, Pateta, Cintra e Bafo, personagens que são clones das versões do presente. Horrível esse tipo de argumentação.

Está certo que muita da produção internacional também cai nessa argumentação e clichê falha, retratando personagens como se fossem cópias dos originais, também não gosto muito desse aspecto.

Acho que de todos os capítulos o único realmente original e criativo é do Zé Cariobou com o Mancha Negra. Personagens fora de seus universo, interagindo com outros universo, ainda que seus antepassados sejam meio iguais. o capítulo do Pena Rubra, tirando o Patinhas clone, até é bacana porque o Peninha combina com esse estilo de Penas-alternativos, e o peninha realmente incorpora seus alter-egos de foram que cada um acaba sendo único. O Pardal do séculos das Luzes apesar de igual ao Pardal do presente também carece elogios porque tem um designe bem diferente do Pardal original, mas ele poderia ter uma personalidade mais original, e zero pro ancestral do Prof. gavião que é exatamente a mesma coisa. É complicado retratar vilões assim... se vc é um vilão, é porque vem de uma linhagem assim? está fadado a ser pra sempre vilão? Foda.

E no fim, ainda não pesquei muito bem qual o sentimento que querem passar com a Pedra do Jogo da Velha, que parece mais um artifício barato para amarrar os capítulos. Talvez no último ela seja simbolizada de uma forma mais convincente porque até o momento pra mim ela não representa nada.

Eu consigo ver ambição nesse projeto do passado, mas falta muito amadurecimento, não é o mesmo profissionalismo que se encontra, por exemplo, em Historia e Gloria da Dinastia Pato, onde apesar do clichê dos personagens serem antepassados iguais (mas ainda acho que eles tem alguns twists distintos), ela tem uma infraestrutura histórica muito melhor amarrada.

No geral se você ler alguns capítulos soltos de a história e patópolis, e desconsiderar o plano geral (contar a história da cidade), você acaba lendo uma HQ qualquer, de cotidiano dos personagens (só que como seus antepassados clones).


É uma proposta errada e diferente de por exemplo aquelas histórias da Idade da Pedra com a família Pato que a Itália produz as vezes. Pois aí é para ser como se fosse algo alternativo, do tipo "e se os personagens vivessem nessa era?". Mas como é um projeto de contar a origem de uma cidade, e os antigos moradores, acho falho usar o recurso de que os personagens sempre foram os mesmos de sempre, independente da época histórica.

Se você pega A Saga do Tio Patinhas você percebe que o Don Rosa foge e muito desse recurso narrativo, criando novos personagens, apresentando especiais de alguns ancestrais (mas eles não são réplicas exatas, possuem diferenças e discrepancias), e com uma forte linguagem dentro da história e marcos da época. É um outro nível...

Pena, eu achei a serie bacana. Mas e eu que gosto das 98% historias Disney.

Eu gostaria de adquirir essa, mas não encontro nas bancas.
Quem sabe quando sair na loja da abril...

d4N13L escreveu:Eu gostaria de adquirir essa, mas não encontro nas bancas.
Quem sabe quando sair na loja da abril...

Já acabou nas bancas aqui do Rio também. Acho que venderam bem.

Agora depender da loja da Abril, sei não...

A panini dá um pau na abril com sua loja online.
Tem TUDO que foi lançado nos pelo menos últimos 6 meses.
Na verdade acho que do último ano inteiro...

Acho que o pessoal da abril não sabe mexer com o layout do site e da loja, Daniel. Não muda nada há 7 anos.

Na verdade acho que eles dão a mínima pros quadrinhos, uma veja lucra o mesmo em 1 semana que os quadrinhos no ano inteiro.

Claro que parte da culpa é deles mesmos, mas vai colocar isso na cabeça deles.

E a veja tem noticias sensacionalistas demais. Fora a corrupção.

andreyl. escreveu:E a veja tem noticias sensacionalistas demais. Fora a corrupção.

Acho que a Veja tem merda isto sim.

Sim, é totalmente parcial nas opiniões e tem rabo preso, estava apenas comentando que os quadrinhos atualmente lucram pouco e eles dão valor secundário. É uma pena pois temos potencial pra vender muito mais do que é vendido hoje. Turma da Mônica que o diga, inovaram com a Jovem e é um dos quadrinhos que mais vendem no mundo inteiro. Assim como a Itália inova com os quadrinhos Disney e vende muito também. Aqui até que vende bem se levar em conta a mesmice que são os lançamentos.

O que falta na Abril é ela inovar com os Quadrinhos Disney, assim como o Daniel disse nós temos potencia o que falta é inovação.

E propaganda. Fico p*** quando vejo TVJ (turma da vomica jovem) na TV e não aparece nenhuma de Disney. Aff!!

E dizem que a propaganda é a alma do negócio.

MacDuck escreveu:E dizem que a propaganda é a alma do negócio.

E é: http://andrey-quadrinhosdisney.blogspot.com.br/2011/11/propaganda-e-alma-do-negocio.html

Hey eu tenho essa HQ, só não me lembro em qual edição saiu.

Saiu em Pato Donald 1992.

Não encontro pra comprar na internet também, alguma idéia de onde encontrar?

d4N13L escreveu:Não encontro pra comprar na internet também, alguma idéia de onde encontrar?

sendo vc aqui do estado de SP, acho que ainda encontra-se a edição em bancas grandes, como de shoppings e rodoviárias...

Finalmente chegou nas regiões setorizadas (não sei se todo mundo já conseguiu, mas eu comprei há mais de uma semana, e vi em várias bancas em Aracaju).

Ainda não li tudo, mas estou gostando bastante. A gente reconhece o trabalho braslileiro pelo tipo de humor, e isso o torna genial por ser tão difícil encontrar algo desse tipo na produção brasileira. Muito legal mesmo. Quando terminar a leitura faço um comentário mais elaborado sobre cada capítulo.

Eu terminei de ler A História de Patópolis e achei bem legal! O que eu achei mais interessante foi notar a diferença nas histórias produzidas aqui no Brasil e as histórias do Carl Barks, é um tipo de humor totalmente diferente e eu achei bem legal os dois. Não me arrependi de ter comprado esta edição!