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Reflexão sobre a nova Produção de HQs do Zé Carioca

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Mensagem por T_thiago Ter 15 Jan 2013, 08:20

Fiz esse texto pensando em publicá-lo no Portallos (talvez ainda o faça), mas acredito que ela seja um pouco mais pertinente ao Calisota.


Reflexão sobre a nova Produção de HQs do Zé Carioca

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Ilustração Antiga de JOSÉ WILSON MAGALHÃES

O retorno da produção de histórias do Zé Carioca aqui no Brasil vem dando muito que falar. E aparentemente nem tudo são flores. As críticas da base de leitores pela internet vêm sendo agressiva e até mesmo negativa em torno desse novo material que vem sendo mostrado. Talvez seja uma falsa impressão, pois quem não gosta reclama ferozmente (afinal, pra isso existe a internet) e quem gosta ou não se importa simplesmente fica em silêncio (o que só acaba dando força aos reclamões).

Eu pertenço ao grupo que vem se mostrando bem insatisfeito com que está se apresentando ao leitor brasileiro. Mas tenho minhas ponderações que o erro não está em quem está produzindo, mas no gerenciamento de toda essa nova fase. A falta de inaptidão da Editora Abril em lidar com a situação. E vou esclarecer alguns pontos sobre essa minha visão.

O Caso do Especial de 70 Anos!

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Primeiro sobre o Especial de 70 Anos do Zé Carioca como o pontapé inicial dessa nova fase. Vale lembrar antes que essa situação “volta ou não volta” do Zé Carioca se arrasta por no mínimo 2 anos. Na minha visão esse é um tempo considerável para planejar qualquer coisa. E mesmo assim essa nova fase do papagaio parece tropeçar a todo o momento. Por exemplo, no especial de 70 anos foram utilizadas 600 páginas que trouxeram muito menos do que os leitores estavam esperando. Aponto como falhas:

• Muitas as histórias do Renato Canini republicadas no especial já haviam sido republicadas na mensal do personagem há muito pouco tempo. Não se buscou materiais realmente raros do autor, há décadas não republicadas, dando preferência a republicar pela milésima vez HQs que todo mundo já conhecia, como a primeira aparição da Anacozeca, Agência de Detetives Moleza e do Morcego Verde. Origens são legais? São, mas aqui não se faziam realmente necessárias, afinal estamos falando de uma publicação com matérias e informativos sobre tal universo. Bastava o contexto, sem precisar mostrar (de novo) certos começos.

• A republicação novamente das duas HQs do Don Rosa com Os Três Cavaleiros, sendo que elas também saíram recentemente em Disney BIG 4. Estamos comemorando o retorno da produção nacional. Em que contexto essas histórias do Rosa são pertinentes aqui? Nenhum! Sem mencionar que esse formatinho para as HQs do Don Rosa são realmente muito ruins. Esse material do Rosa já saiu mais vezes do que deveria em formatinho, está na hora de parar com essa palhaçada e estudar lançar Don Rosa em formato americano, dando o devido valor ao que ele produziu.

• Se estamos em festa pelo Zé Carioca dos quadrinhos, é de se pensar o quão pertinente foi se republicar a quadrinização de Você Já foi à Bahia? É uma HQs que torrou bastante espaço do especial e que não tem lá sua relevância para o universo dos quadrinhos (já que o nosso Zé tomou outras formas). Além de que a própria HQ não é lá grande coisa. Mais uma vez, se é um especial que apresenta contexto histórico em formato de textos e matérias, talvez não fosse necessário publicar a quadrinização. Ok, que se não fizesse agora, talvez nunca mais o fizesse... mas ainda assim é de se refletir direito o espaço mal aproveitado do especial.


Isso falando do que foi para as 600 páginas do especial. O que não explica como materiais talvez bem mais divertidos e pertinentes ficaram de fora. Posso citar como exemplos histórias como Cavaleiro das Dívidas (que até hoje não foi republicada. Tinha melhor momento pra isso?) que apresenta o Novo Morcego Verde. No especial saiu uma HQ fraquinha desse Morcego Verde, e deu-se preferência novamente pela origem do Morcego Verde do Canini, que já foi republicado à exaustão. Pergunto-me, se O Cavaleiro das Dívidas que é uma puta HQ (baseada no Cavaleiro das Trevas um dos maiores clássicos dos quadrinhos do mundo) não saiu no especial que teve no almanaque do Zé Carioca e não saiu nesse especial de 70 anos, ela vai sair quando?

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http://coa.inducks.org/story.php?c=B+940063

E se estamos num especial onde comemoramos os 70 anos do Zé Carioca e do retorno da produção de histórias dele no Brasil, como puderam esquecer de um especial com 50 páginas onde temos o papagaio e o descobrimento do Brasil como trama central? Uma história que por sinal também nunca foi republicada. Se gastou 50 páginas com a chatinha Você Já Foi à Bahia?, outras 60 com as HQs do Don Rosa. Espaço que poderia ter sido utilizado para prestigiar um pouco mais a produção nacional, tento até mesmo como pano de fundo a história do Descobrimento do Brasil.

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http://coa.inducks.org/issue.php?c=br/ZCQA++++1#a

Outro grande momento da história do Zé Carioca que posso citar é a mini-série O Segredo da Anacozeca, quando o grande chefe da Anacozeca é revelado. Outra grande HQ esquecida no tempo. Também sem espaço dentro do especial de 70 anos.

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http://coa.inducks.org/subseries.php?c=A%27s+Secret

Também vale mencionar séries maiores como Zé no Brejo/Urtigão in Rio que também nunca recebeu uma republicação cronológica e de qualidade (sempre se republicou fora de ordem e tudo picado ao longo de anos) e uma das melhores sacadas da produção nacional Zé em Patópolis, também muito mal republicada (nunca cronologicamente e nunca por inteiro).

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http://coa.inducks.org/subseries.php?c=JOC+visits+MOE

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http://coa.inducks.org/subseries.php?c=Moe+in+Rio

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http://coa.inducks.org/subseries.php?c=JOC+in+Duckb

Isso pra não mencionar a mega saga O Destino do Zé Carioca, que até hoje permanece sem uma única republicação.

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http://coa.inducks.org/subseries.php?c=JOC%27s+Destiny

Claro que nem tudo isso daria num especial de 70 anos. Mas chega a ser triste ver 600 páginas gastas com HQs que saíram há pouquíssimo tempo no Brasil ou até mesmo materiais que estava ali desnecessariamente, assim como histórias pouco expressivas (e esquecíveis), principalmente no volume 2. Esse especial de 70 anos poderia ter sido muito mais do que realmente foi. O Pato Donald ganhou um selo comemorativo quando a revista chegou aos 60 anos. Por que não fazer algo similar na mensal do Zé Carioca? Por que não se aproveitou 2012 para usar a mensal do personagem para resgatar HQs realmente importantes para o personagem? Somados é claro ao especial.

Dá para ver claramente como algumas coisas nesse retorno do Zé Carioca em novas histórias foi realmente mal planejado a partir desse especial de 70 anos e de sua revista mensal. A impressão que tenho é que coisas demais foram feitas e arranjadas às pressas. Ainda que, como disse, a Editora Abril venha cantando há mais de 2 anos seu desejo pelo retorno do Zé.

A tão primeira HQ inédita da atual geração!

Agora sim, entrando um pouco nos méritos da nova produção em si. Muito se discutiu ao longo desses anos esperando novas histórias no formato que essas HQs iriam surgir. Qual seria o visual adotado, qual o padrão de layout, como seria o retorno do Zé Carioca. Houve tempo de sobra para Editora pensar e discutir isso, mas parece que simplesmente não o fizeram. O que os fãs viram no especial é que o Zé Carioca retornou exatamente do jeito que havia parado em meados de 2000... sendo que é de conhecimento geral de que essa fase de final de estúdio é uma das fases menos apreciadas pelos fãs em vários aspectos.

O choque foi grande e em grande parte culpa da própria editora que não soube vender seu peixe. Não dá pra se vangloriar demais em cima de algo que não tem nada de especial. Não houve inovação, não houve reformulação, não houve sequer um roteiro feito especialmente pra ocasião do retorno. É um claro erro de marketing. Anuncia algo maior do que realmente é. Criam-se expectativas altíssimas onde já se sabe que elas não serão cumpridas. Só podia dar no que deu...

E as histórias inéditas do especial não são ruins. Elas são apenas normais. Engraçadinhas. De cotidiano. Numa produção rotineira já em desenvolvimento, elas não teriam a carga negativa que tiveram como as histórias que representam o retorno da produção nacional. O problema foi à responsabilidade que a editora jogou em cima delas.

É algo que venho dizendo desde que se começou essa conversa de retorno da produção nacional: para voltar, a primeira história precisava ser realmente especial. Algo digno de abrir as portas para a nova fase. Uma que claramente representasse o Zé Carioca no ano de 2013, em novas aventuras. E não estou dizendo que a HQ precisaria ser algo mirabolante, com 100 páginas, ou desenhos de explodir miolos. Poderia ser algo simples, sincero, talvez com o próprio personagem conversando com o leitor (metalingüística) ou relembrando com seus amigos tempos e coisas que viveram. Apresentar quem é o Zé Carioca a uma nova geração de crianças e leitores. Homenageando todo seu passado e brincando com o futuro. Era apenas isso que os fãs queriam: algo honesto. O que recebemos foi um “faz de conta que ele não está há mais de 10 anos sem histórias novas”.

Fernando Ventura: A cara do Novo Zé Carioca?

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Outra grande polêmica dessa futura nova fase esta em torno dos desenhos do Fernando Ventura. Isso porque o Fernando tem um estilo totalmente original, diferente, estilizado para o Zé Carioca. Particularmente, e ele sabe disso, não sou um grande fã de seu traço, mas sou um dos primeiros a admitir que ele é um grande roteirista. Sabe acertar o “timing” da piada com uma tremenda precisão. Seu trabalho sabe ser bem humorado na medida certa, sem soar forçado ou falso.

Não tenho qualquer problema em ver o Fernando desenhar novas histórias para a nova fase do Zé Carioca. Ele é um dos talentos que surgiu no final da década de 90 e que com o fechamento do estúdio Abril/Disney não teve tempo para mostrar realmente todo o potencial de seu trabalho. Acho justíssimo que ele seja um dos principais nomes do retorno da produção Zé Carioca. O Fernando é apaixonado por quadrinhos Disney, provavelmente sabe e entende sobre esse universo muito mais do que alguns profissionais da Editora. Posso dizer até que é uma obrigação dele saber mais, afinal desenhar e roterizar HQs Disney parece ser o trabalho de seus sonhos. Ele merece todo o respeito, pois realmente ousadia é que não falta em seu traço e estilo. Mas um momento que eu chego nessa questão.

O grande problema é que estão vendendo o Fernando como a nova cara do Zé Carioca. E isso é algo errado. Ele é uma das novas facetas, mas não é a única. Novamente é o péssimo gerenciamento de marketing da editora. Ao se colocar o novo estilo do Fernando num pedestal, acaba gerando um efeito “deboche” em torno do passado. “O novo é melhor do que o passado agora”. NÃO! Não é assim! Esse marketing ofende tanta gente, em tantos níveis diferentes. Já vi leitor se sentindo ofendido porque sempre acompanhou o Zé Carioca de um jeito e agora mudou e ainda vendem esse Zé como algo muito melhor. Assim como vi talentos do passado da casa meio encabulados pela web porque parece que o trabalho do passado foi desprezado em detrimento desse novo estilo. Não pode ser assim. Não se vende algo novo debochando do passado, e é exatamente essa a impressão que muita gente tem quando se vê certos locais da impressa especializada falando do “novo” Zé Carioca.

Não acho que seja a pretensão do Fernando Ventura ser a nova cara do Zé Carioca. Ele é uma das facetas, mas não é a principal. Eu penso que a produção Disney não pode depender de um estilo ou de uma pessoa. Ela tem que saber ser dinâmica, eclética, diversificada. Pensem na Disney Itália. Não se tem somente um estilo de roteiro ou desenho. Há talentos na casa e cada um faz suas histórias de seu próprio jeito. Cada qual com seu próprio estilo. Giorgio Cavazzano, Massimo De Vida, Corrado Mastantuono, Fausto Vitaliano, Enrico Faccini, Francesco Guerrini, Sergio Asteriti, Bruno Sarda, Paolo Mottura, Stefano Intini, Casty, Silvia Ziche etc. É todo esse time de campeões que torna a Disney Itália o que ela é hoje em dia, um dos maiores estúdios Disney de quadrinhos, de onde saem produções de cair o queixo, com uma qualidade animal.

Então é injusto querer colocar o Fernando Ventura como a estrela dourada da nova produção nacional, ainda mais sabendo que outros talentos como o Arthur Faria Jr e o Luiz Podavin estão chegando também para a nova fase. O caso é que o estilo do Fernando é diferente, é o novo, mas isso não significa que só ele merece destaque. Não da forma como estão fazendo.

Reflexão sobre a nova Produção de HQs do Zé Carioca Venturaziche

Eu penso no Fernando como a Silvia Ziche do Brasil. Quem conhece o trabalho da Silvia na Itália sabe que ela tem um estilo muito, mas muito diferente do traço tradicional Disney. Ela não segue certos padrões tradicionais, ela também estiliza muito o traço e tem uma veia cômica fenomenal. E o estilo do Fernando lembra muito o dela (além de que vejo certas semelhanças também com técnicas de nomes como Enrico Faccini, Stefano Intini e até mesmo do Francesco Guerrini). Mas a Silvia nunca foi o padrão italiano, ela sempre foi o modelo brincalhão, ousado de desenho. O que lembra muito um estilo de charge (não é a toa que a Topolino sempre abre com uma ilustração de página única da Silvia – a tal “Che Aria Tira = http://coa.inducks.org/subseries.php?c=Che+aria+tira... ”). Ela não é o carro principal da Disney Itália, mas é parte fundamental.

É essa visão que tenho para o Fernando nessa nova produção nacional. Acho que o que está faltando aqui pra gente é talentos que representem outras áreas dessa produção. Precisamos de um Casty, um Giorgio Cavazzano, de um Paolo Mottura. Precisamos engordar o time nacional e com estilo também no formato tradicional, mas que sejam ousados e originais, que possam mostrar as outras facetas do Zé Carioca. Não para colocar todo o peso nas costas do Fernando. Até acho que a Editora Abril não viu como potencializar o talento e estilo do Fernando na nova produção atual.

Por exemplo, temos aí confirmado que em fevereiro temos o início das novas HQs do Zé Carioca na mensal do personagem. O Fernando vai abrir essa nova fase com a HQ do Crocodilo. A história é destaque da edição até mesmo na capa, mas a capa não foi desenhada pelo Fernando (a capa é do Podavin)! A capa tem um estilo tradicional, levando o leitor ao erro, pois quando abrir a edição terá um choque com a arte de capa e a arte da HQ tão diferentes. Novamente cito o modelo italiano, quando na maioria dos casos, a HQ de destaque em capa tem os desenhos do responsável pela HQ.
A capa do Zé Carioca ficaria muito galhofa com o traço do Fernando? E daí? Se for um estilo que o leitor vai encontrar dentro da revista, esse estilo não deve ter medo de ser estampada na capa. A Silvia Ziche também galhofa bastante e quando tem história dela na edição com destaque de capa, ela mesmo faz a ilustração da capa! E ficam fenomenais! Então na minha opinião, o Fernando também deveria ter a oportunidade de ter o seu estilo oficializado numa capa da mensal do Zé Carioca. Nada de escondê-lo dentro da revista! Isso também não é legal!

Algumas capas da Silvia Ziche na Itália:

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Finalizando...

Fechando então a idéia. Tem muita coisa errada com a produção de novas histórias do Zé Carioca. Mas nada tem a ver com o estilo ou traço de um único desenhista. O erro é editorial, de planejamento, de saber mostrar essa nova fase sem insultar o passado, sem precisar ficar provando que ele é legal. Começou errado, forçando algo que deveria ter sido mais natural.

Faltou uma história que inauguraria a nova fase. Faltou um pouco mais de capricho na comemoração dos 70 anos. Faltou pensar mais em como mostrar o Zé Carioca a uma nova geração de leitores. Vangloriou-se demais, por tão pouco... ainda mais quando se olha o mercado brasileiro e vê empresas como a Mauricio de Sousa Produções mostrando que o talento nacional pode ir muito além do que poderíamos imaginar. A linha de graphic novel da Mônica é realmente de explodir miolos. Não temo como competir com isso no momento (e ainda assim a impressão que tenho é que a Abril tentou gritar “Zé Carioca” mais alto do que deveria).

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E uma ponderação pertinente. Fevereiro abre essa nova fase na mensal do Zé Carioca. Até o momento a Editora Abril não revelou se isso trará alguma mudança visual na revista do personagem. Para um momento assim, não seria bacana um novo logo? Um destaque na capa para o evento tão marcante? Quem sabe um selo comemorativo? O que seria meio vacilo é abrir a revista e encontrar uma nota de rodapé na página de cartinhas falando das novas HQs,não acham? Eu queria uma NOVA revista do Zé nas bancas em fevereiro. Vai ser uma decepção se fizerem a capa como se nada estivesse acontecendo...

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Mensagem por MatheusG Ter 15 Jan 2013, 09:28

Concordo com muita coisa, e discordo com pouca.

Um dos pontos que quero levantar é em relação ao especial 70 anos, onde poderiam sim ter republicado HQ raras como e nunca ou pouco republicadas, como as minisséries e outras que você destacou aí em cima. Publicaram muito Canini que já haviam aparecido recentemente.

Mas aí que mora o problema... Acho que se fosse para pegar essas HQs, como não fazem parte do arquivo digital, elas deveriam ser restauradas/digitalizadas para essa edição, o que seria caro de fazer (só digo isso porque TALVEZ aumentasse o preço do especial). E lembrando que fizeram isso já no volume 1, quando restauraram/digitalizaram as tiras raras e clássicas.

Outra coisa foi o fato de ter criticado a republicação das HQs do Don Rosa (não se preocupe, não vou defender isso apenas porque gosto muito dele, haha). Ao meu ver, eles apenas publicaram essas HQs pois a ideia do especial foi dividida em décadas, em fases diferentes (o que eu sempre gosto, pois com os textos explicativos você sempre se prepara pro que vem a seguir na revista). Ao dividir em décadas, precisaram de HQs da década de 2001-2010 pra botar lá, mas simplesmente não tinha! Essas foram lá por falta de opção mesmo. Claro, poderiam ter comprado HQs holandesas dessa época, olha só, e mostrar um pouco do Zé de lá (colocaram só uma, que já havia aparecido por aqui alguns anos atrás). Porém, vale ressaltar que isso teria um custo adicional (o de comprar histórias inéditas), além de, segundo o editor Paulo Maffia, as histórias são ruins.

Em relação à arte do Ventura, sempre gostei. Adoro o estilo original dele (principalmente no roteiro, é verdade). E, também na minha opinião, ele apenas não estampa a capa porque os leitores AINDA não conhecem o Zé dele. Não vamos assustá-los com um desenho radicalmente diferente. Isso só acontece na Itália mesmo, onde os leitores já estão acostumados com essa diferença extrema da arte de seus desenhistas.

Em suma, é isso. Mas ainda acho que o tão aguardado retorno deveria ter uma HQ mais simbólica e mais 'histórica' Wink
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Mensagem por T_thiago Ter 15 Jan 2013, 10:47

Você levanta pontos importantes Matehus, como a viabilidade de custos do especial. Mas eu sou da opinião que o especial surgiu pra ser como um investimento e como tal, acho que vale a pena se gastar um pouco mais, para que o retorno aconteça a longo prazo.

Um especial de sucesso, acarreta em potenciais novos leitores e publico que poderiam passar a acompanhar a nova fase na mensal do personagem. Então gasta-se mais aqui e o retorno vem em outras formas. Tanto que o proprio especial foi muito bem divulgado em jornais, assim como as pretenções da Abril.

Mas imagino que muita gente tenha se decepcionado em certo nível com o material, seja com o acervo de certas décadas, seja com o que foi divulgado como o "novo" zé dentro do final do volume 2.

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Eu nem concordo como foi dividido o especial. Não precisava dividir por década e sim bastava dividir por fases.

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Pensando aqui notei que a Abril frisou demais em cima de Os Três Cavaleiroes... tem a quadrinização do filme, tem uma hq italiano com o trio, além das HQs do Don Rosa.

É uma fase demais da história do zé pra um especial que deveria ser mais abrangente, mais focado no Zé dos quadrinhos, afinal é esse que vai voltar e não os Três Cavaleiros.

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Quanto ao Fernando na capa ser radical demais, realmente acho que aí é a grande questão. Ele é bom o bastante pra ser divulgado em jornais, representar a nova fase, mas só de for escondido dentro da revista? Sem direito a ter seu estilo estampado em capa? Não acho legal isso. Dá a impressão de que estão enganando os leitores.

Tal qual a Ziche tem um estilo tão diferente e marcante na itália, o fernando deveria ter tal direito por aqui. Deveria deixar claro que o lado brincalhão do ventura é apenas um dos lados do novo zé e que temos que nos orgulhar disso, mas pra isso acontecer tem que ser algo honesto e pra mim não tem nada mais honesto do que uma capa dando o devido destaque.

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Mensagem por MatheusG Ter 15 Jan 2013, 13:51

T_thiago escreveu:Você levanta pontos importantes Matehus, como a viabilidade de custos do especial. Mas eu sou da opinião que o especial surgiu pra ser como um investimento e como tal, acho que vale a pena se gastar um pouco mais, para que o retorno aconteça a longo prazo.
Mas quem gastaria um pouco mais seriam os leitores... O preço da edição subiria, não sabemos se os leitores ocasionais continuariam comprando a edição se fosse mais cara... Bom, isso ninguém sabe...

T_thiago escreveu:
Mas imagino que muita gente tenha se decepcionado em certo nível com o material, seja com o acervo de certas décadas, seja com o que foi divulgado como o "novo" zé dentro do final do volume 2.
Talvez, o especial não acertou 100%, nisso eu concordo... Mostrou histórias importantes, mas que são republicadas com tanta frequência que já perderam seu impacto.

T_thiago escreveu:
Eu nem concordo como foi dividido o especial. Não precisava dividir por década e sim bastava dividir por fases.
Ah, dá quase no mesmo. Além disso, ficaria esquisito pular do Zé do fim da produção nacional, mostrar o holandês, e depois mostrar o retorno da produção nacional. Acho que as histórias do Don Rosa foram boas pra preencher esta parte.

T_thiago escreveu:
Quanto ao Fernando na capa ser radical demais, realmente acho que aí é a grande questão. Ele é bom o bastante pra ser divulgado em jornais, representar a nova fase, mas só de for escondido dentro da revista? Sem direito a ter seu estilo estampado em capa? Não acho legal isso. Dá a impressão de que estão enganando os leitores.

Tal qual a Ziche tem um estilo tão diferente e marcante na itália, o fernando deveria ter tal direito por aqui. Deveria deixar claro que o lado brincalhão do ventura é apenas um dos lados do novo zé e que temos que nos orgulhar disso, mas pra isso acontecer tem que ser algo honesto e pra mim não tem nada mais honesto do que uma capa dando o devido destaque.
Eu acho que ainda tem que se esperar os leitores se acostumarem a ver o traço do Fernando todo mês na revista antes de ele estampar uma capa. Na Itália qualquer inovação é tratada como se fosse comum, aqui não, aqui vivemos de republicações, então os estilos se repetem, só agora que esta surgindo algo novo, original, e estilizado.

Aí entra uma tática mais marketeira. A Abril não vai dar chance de "espantar" novos leitores com uma capa radicalmente diferente da que conhecem. Tem que existir uma fase de transição, para que se acostumem com a nova arte que estará presente na revista.
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Mensagem por T_thiago Ter 15 Jan 2013, 14:00

MatheusG escreveu:Mas quem gastaria um pouco mais seriam os leitores... O preço da edição subiria, não sabemos se os leitores ocasionais continuariam comprando a edição se fosse mais cara... Bom, isso ninguém sabe...

Aí entra uma tática mais marketeira. A Abril não vai dar chance de "espantar" novos leitores com uma capa radicalmente diferente da que conhecem. Tem que existir uma fase de transição, para que se acostumem com a nova arte que estará presente na revista.

1 - Apenas duas pontuações aqui. Quando digo gastar mais, me refiro a editora gastar de seu proprio bolso um pouco mais do que o normal para a edição ser feita e não mexer no preço final ao consumidor. o investimento feito a maior, viria como retorno em outros momentos. não quis dizer que o leitor deveria gastar mais pra ter uma revista melhor, pelo contrário, a editora é que gastaria, apostando no futuro do personagem.

2 - Mas UMA capa não espanta ninguém. Se fosse assim coitado da gente com a capa da Minnie esse mês. Capas ruins sempre existiram. Ainda me arrepia aquela maldita capa do Zé Crepusculo (que alias tambem foi criticada por vender algo que não estava na revista). Não estou dizendo que tem que estampar o Fernando em TODA edição a partir de fevereiro... mas uma estréia na capa ele mais do que merece. A fase de transição já deveria estar sendo feita ao longo de 2012... teve fernando em BIG, em Jumbo, na mensal do Zé e no especial de 70 anos... o público já viu ele... não tiraram o fernando do bolso agora em dezembro de 2012. Aí entra novamente a questão da má divulgação, do péssimo trabalho de marketing da abril. eu acho um absurdo a própria mensal do Zé não ter feito nada de especial pros 70 anos... um selo, uma seleção realmente especial etc. Sem contar que o traço do fernando tem um certo nível de estilização, entre o radical e o mais normal, caberia a ele dosar essa arte na capa. Aí entra bom senso do desenhista, mas ficaria claro que se trataria de uma arte dele.

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Mensagem por T_thiago Ter 15 Jan 2013, 14:04

Alias, uma curiosidade. O Inducks diz que o Fernando já teve 3 ideias pra capas, mas nenhuma ele acabou desenhando:

http://coa.inducks.org/simp.php?d1=&d2=&d4=&creat=fernando+ventura&exactpg=&kind=ci
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Mensagem por T_thiago Ter 15 Jan 2013, 14:16

MatheusG escreveu:
Ah, dá quase no mesmo. Além disso, ficaria esquisito pular do Zé do fim da produção nacional, mostrar o holandês, e depois mostrar o retorno da produção nacional. Acho que as histórias do Don Rosa foram boas pra preencher esta parte.

Exemplo, a década de 50 no especial é quase que inexpressiva. tem apenas 10 páginas dentro do especial. e no volume 2, se vc pegar o conteúdo da década de 2000 tem bastante coisa lá (48 páginas não contando com o rosa)... o don rosa está desnecessariamente no conteúdo, nem a cronologia do zé o rosa respeita.

vou além, até a HQ da Holanda, que é uma republicação, está desnecessariamente ali. Porque a Abril já tirou qualquer esperança de publicar esse material aqui pra gente. Se não vai publicar, independente se o leitor quer ver esse material ou não, não tem porque ficar mostrando. alias a mesma HQ sempre. que se mostrasse ao menos uma nova. pegar a mesma hq sempre e mostra "olha como é ruim" não me dá muita confiança de que o material holandes é realmente descastável...

o especial é sobre o zé brasileiro, o nosso zé. não precisava chegar no fim da era 2000 e fazer de conta que nós não matamos o zé. a gente matou!! o rosa não quis nem saber do que fizemos com o personagem e a holanda, coitada, é a unica que teve boas intenções de continuar dizendo que o zé existe e a gente aqui virou as costas pra ela.

pra mim o zé existe assim:

- fase americana de origem
- zé fraude
- zé canini
- zé anos 80
- zé anos 90

e só! ele acaba aí. o zé de 2000 nada mais é do que o zé dos anos 90, ainda sendo lapidado.
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Mensagem por MatheusG Ter 15 Jan 2013, 14:19

T_thiago escreveu:
1 - Apenas duas pontuações aqui. Quando digo gastar mais, me refiro a editora gastar de seu proprio bolso um pouco mais do que o normal para a edição ser feita e não mexer no preço final ao consumidor. o investimento feito a maior, viria como retorno em outros momentos. não quis dizer que o leitor deveria gastar mais pra ter uma revista melhor, pelo contrário, a editora é que gastaria, apostando no futuro do personagem.

Ok, entendi seu ponto de vista. Aí sim passo a concordar, a Editora se esforçaria para tentar alavancar a reestreia com tudo, seria um bom investimento. Aí ok.

T_thiago escreveu:
2 - Mas UMA capa não espanta ninguém. Se fosse assim coitado da gente com a capa da Minnie esse mês. Capas ruins sempre existiram. Ainda me arrepia aquela maldita capa do Zé Crepusculo (que alias tambem foi criticada por vender algo que não estava na revista).

E neste caso o problema é o conservadorismo da Abril. Eles não estampariam algo inovador, por mais que seja o certo a fazer. Algumas vezes o bom senso falta por lá não?
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Mensagem por MatheusG Ter 15 Jan 2013, 14:25

T_thiago escreveu:
Exemplo, a década de 50 no especial é quase que inexpressiva. tem apenas 10 páginas dentro do especial. e no volume 2, se vc pegar o conteúdo da década de 2000 tem bastante coisa lá (48 páginas não contando com o rosa)... o don rosa está desnecessariamente no conteúdo, nem a cronologia do zé o rosa respeita.

A década de 50 é quase inexpressiva por falta de opção! A produção americana de tiras do Zé já tava morta e a brasileira ainda não tinha nascido. Não tinha com o que preencher. Por isso nos anos 2000 optaram pelo Rosa. Ia ficar poucas páginas pro ano 2000 (48). Aí ao invés de colocarem as histórias do Rosa, iam jogar essas mais de 60 páginas em outras décadas, então iria parecer muito poucos os anos 2000 (mesmo sabendo que nos anos 2010 só teriam 22 páginas)
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Mensagem por T_thiago Ter 22 Jan 2013, 20:02

Enquanto isso... concorrência dando um show de empreendorismo:

https://www.facebook.com/CalisotaBR/posts/511958812177055
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Mensagem por Filipe Fauntleroy Qua 23 Jan 2013, 15:50

Discordo sobre o que vocês falaram sobre repetecos nessas edições.

Essas histórias do Don Rosa são batidas? São. Eu tenho duas outras edições com cada uma delas. Mas isso não muda o fato de que são IMPORTANTÍSSIMAS, o momento em que um dos mais celebrados artistas Disney em todos os tempos dedicou-se a um personagem e a uma cronologia que ele NUNCA havia considerado antes e nem considerou depois, pois só liga para Barks. São histórias basilares para entendermos o fenômeno Zé. Aí parece chato (e talvez seja) republicá-las sempre, mas num especial sobre a trajetória do Zé eu diria que é IMPRESCINDÍVEL lembrar desses momentos.

Bem como as histórias de origem. Eu também já tinha todas, mas não é uma edição de raridades, mas de MARCOS. E as origens são muito mais importantes que uma história obscura semi-inédita qualquer, por mais que nos custe reconhecer.

Achei boa a seleção de histórias dos especiais, no geral.

Quanto ao Fernando, o traço dele melhorou muito, e ele tem boas ideias. Ainda não é o momento de ninguém se desesperar, rs. Ele é um cara que acima de tudo entende e respeita a história dos quadrinhos Disney, não estou temendo que ele avacalhe nada, não. Por enquanto estou confiante e acho que a empolgação dele com o retorno das histórias brasileiras é um bom sinal para fazermos como Aladdin saindo da caverna: "não é hora de ter medo"!
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