William Van Horn
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Denis
T_thiago
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William Van Horn
Mais um artista Disney a ganhar seu topico solo! Apesar de a Editora Abril ter saturado nossas revistinhas com trabalhos do buzina (horn = buzina em inglês), acho que esse desenhista/roteiristas um dos melhores da atualidade. Tem um humor afiado e é muito bom com situações sem noções ou viajadas com o Donald. As vezes escorrega no fim de suas historias, e também é criador do Patusco, um personagem que não é muito amado pelos fãs.
Segue matéria do blog da Patranha:
http://apatranhabr.blogspot.com/2011/04/mestre-diney-william-van-horn.html
Ah, o Ludy no seu blog tambem fez uma matéria sobre o W. Van Horn, segue o texto:
http://ludy-quadrinhosdisney.blogspot.com/2010/01/blog-post_23.html
Segue matéria do blog da Patranha:
http://apatranhabr.blogspot.com/2011/04/mestre-diney-william-van-horn.html
MESTRE DINEY: William Van Horn
Na volta ao blog, depois de alguns meses de coma, escreverei sobre um dos meus mestres Disney favoritos: William Van Horn.
Já escrevi ligeiramente sobre ele na segunda parte da minha lista de histórias favoritas, mas não custa lembrar como me tornei fã do americano. Em 2009 comprei casualmente a terceira edição de Pato Donald Extra!, que trazia três histórias dele. Duas delas eram tão boas que foram cruciais para eu ter voltado a comprar regularmente Quadrinhos Disney em banca. Ou seja, além de todo seu talento e excelentes histórias, tenho motivos pessoais a ser tão fã dele.
William Van Horn nasceu no dia 15 de fevereiro de 1939 (tem, portanto, 72 anos) em Oakland, Califórnia nos Estados Unidos. Estudou na California College of Arts, trabalhou com animação e livros infantis antes de começar a desenhar quadrinhos Disney em 1987, primeiro para a editora americana Gladstone e depois para a dinamarquesa Egmont. A principio ele trabalhou bastante com o escritor John Lustig, porém cada vez mais se tornou responsável por seus próprios roteiros. Vive em Vancouver no Canadá desde 1980.
As histórias de Van Horn costumam ser curtas, na maioria das vezes não passando de dez páginas, podem tratar de temas fantasiosos ou, mais normalmente, de cenas cotidianas, embora sempre com um toque nonsense e inesperado. Ele trabalha mais comumente com o Pato Donald, sendo este o protagonista de sua obra, quase sempre com seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho. Tio Patinhas, Pardal e seu personagem original, tio Patusco, também podem aparecer.
Van Horn tem um estilo característico tanto nos desenhos quanto nos roteiros. Seu traço é limpo, simples e às vezes pode parecer até descuidado, seus personagens são facilmente identificáveis, apresentando um estilo mais clássico, mas diferenciado com a assinatura do autor, com olhos e cabeças arredondados , pescoçudos e bicudos, além disso, costumam ser muito expressivos. O traço limpo, ainda, do artista favorece o movimento, e gags físicas. Eu, particularmente, não acho que o desenho seja a principal qualidade de Van Horn, apesar de gostar muito, e de seu talento ser inquestionável.
Acho, simplesmente, que é no roteiro que o verdadeiro gênio de Van Horn se manifesta. Suas histórias são simples, despretensiosas, ao contrário de Don Rosa, por exemplo, ele não se utiliza de impressionismo, tramas complexas e mais elaboradas. Ele imprime em poucas páginas seu humor característico, sua ironia crítica, situações, aventuras sempre de maneira sucinta e eficaz. Vou tentar explanar um pouco algumas características do autor:
1 – Fecho de Ouro: Da mesma maneira que os poetas clássicos, Van Horn sempre busca terminar suas histórias da melhor maneira possível, com uma piada, mais normalmente, uma síntese ou reflexão. Várias histórias dele, aliás, são escritas tendo em vista o final apenas, são como histórias-piada, desenvolve-se a trama para a piada do desfecho. Um exemplo que posso citar é a última história dele publicada, em Donald 2392, “No Calor do Momento”. Embora não faça nenhum sentido, é válida a piada para qual a trama foi construída.
2- Humor sarcástico: Eu acho que as histórias de Carl Barks e de Van Horn têm estilos bem diferentes (considero apenas as curtas, lógico) facilmente distinguíveis e identificáveis, mas uma coisa ao menos tem em comum: Um certo cinismo ao fazer críticas. Ambos artistas não seguem o bom mocismo e o politicamente correto de outros quadrinistas. Eu gosto de comparar duas histórias muito emblemáticas de seus autores, e que têm o mesmo tema, que servirão de exemplo: “A Batalha de Wendigo” de Don Rosa e “O Ecopato” de Van Horn. Enquanto a história de Keno é longa, complexa, sentimental e com uma lição de moral no final, William faz uma história simples, sarcástica e pertinaz, tratando sempre com humor do tema tão em voga.
Obs.: Não me entendam mal, não estou criticando Keno Don Rosa, que em seu estilo também é um gênio.
3 – Confusão Empírica: Um dos aspectos mais fascinantes recorrentes na obra de Van Horn é a confusão entre realidade e mundo das idéias, entre sonho e matéria. Embora ele continue fiel a sua simplicidade, ele não é nada simplório nesse aspecto, como acontece em outras histórias. Faz isso, na verdade, com uma maestria única, que só consigo demonstrar usando de exemplos. Para isso vem a calhar as duas ótimas histórias presentes em Pato Donald Extra! 3 do autor, das quais já falei antes:
A primeira, “O Detetive Durão”, fica inexplicável, cada vez mais complexa e densa, até se revelar simples no final, na transposição entre pensamento e realidade. Ainda no seu fecho de ouro usa de clara metalinguagem, transpondo para um mundo ainda mais real: o nosso. A segunda, “Sonhar, Talvez...”, utiliza-se do artifício desde o inicio, de maneira quase frenética, com um sonho dentro de um sonho dentro de um sonho etc. Usando o tempo todo de muito humor nonsense até o final, onde ainda não se tem certeza do que é real.
Poderia falar mais desse genial autor e de sua obra que abrange muitos outros aspectos, e outras características dele, como seu aparente gosto por dinossauros e abelhas, um certo receio a arte moderna e tecnologia... Mas, por enquanto, basta.
Só termino dizendo que não o considero o sucessor de Carl Barks, porque o vejo no mesmo nível do grande mestre em relação as histórias curtas. Claro que há de se considerar a grande versatilidade de Barks, esse gênio completo, e ainda sua incomensurável importância aos quadrinhos Disney (ou ainda, aos quadrinhos de modo geral), mas em se tratando apenas de histórias curtas, posso dizer sem medo que William Van Horn é o meu quadrinista Disney favorito de todos os tempos.
Ah, o Ludy no seu blog tambem fez uma matéria sobre o W. Van Horn, segue o texto:
http://ludy-quadrinhosdisney.blogspot.com/2010/01/blog-post_23.html
Mestre Disney
William Van Horn
William Roger van Horn nasceu nos Estados Unidos em 15 de fevereiro de 1939. Formou-se aos vinte e dois anos, nos anos 60, mais precisamente em 1961, no "College of Arts and Crafts" - uma escola de artes e ofícios da Califórnia, graduou-se como Designer gráfico. No entanto sentiu-se atraído para a animação. Logo ele encontrou um trabalho na Imagination Inc. Em San Francisco. De 1965 à 1977 trabalhou como animador para a "Aesop Films, Imagination Inc."Empresa fundada por ele, além de outros pequenos estúdios de animação.
Após este início promissor, Bill como é conhecido pelos amigos, fãs e admiradores, teve que suspender sua carreira na animação, porque foi convocado para o serviço militar. Quando ele voltou para San Francisco em 1964 (45 anos atrás), primeiro trabalhou como designer gráfico para a Smith Company e fez trabalhos freelanced para vários estúdios de animação. Para Walter Landor Associates ele contribuiu com seis filmes entre 1965 e 1967, principalmente comerciais. Para a Empresa Animation Mills, ele fez oito filmes publicitários em 1966. Neste Estúdio teve a oportunidade de conhecer veteranos da Disney como John Freeman.
Em 1967 Van Horn conseguiu emprego em um estúdio onde permaneceu durante os próximos oito anos: Davidson Films Inc. Ele se tornou diretor de arte do departamento de animação. Tudo somado Bill esteve envolvido com a Davidson Films em 90 filmes. A maioria deles pequenos curtas educativos para distribuição em escolas americanas e outras instituições. Seus trabalhos receberam numerosos prêmios entre eles, cinco "CINE Golden Eagle" e duas medalhas de prata "The Venice Children's Film Festival".
Em 1975, Van Horn e dois sócios compraram o estúdio Davidson que foi batizado de "Aesop Films, Inc". Economicamente não foi lá grande coisa para Van Horn e depois de produzirem 15 desenhos para a Aesop ele e seus sócios decidiram fechar o estúdio em 1977.
Bill passou de agora em diante, a maior parte do seu tempo escrevendo e ilustrando livros infantis.
William Van Horn trabalhou num total de 133 filmes nos seus 14 anos no ramo da animação. Escreveu e desenhou sete livros infantis.
De 1977 à 1985 Trabalhou produzindo tiras diárias para jornais e ilustrações para livros infantis.
De 1985 à 1988 trabalhou para a "Editora Blackthorne" escrevendo e desenhando histórias de Nervous Rex, Possibleman e outros personagens.
Antes de deixar o trabalho na "Editora Blackthorne", ainda em 1987, ele começou a produzir histórias com os personagens Disney - específicamente com a Família Pato - para a "Editora Gladstone", onde ficou até 1990. Foi o seu nascimento, aos quarenta e oito anos, como Mestre Disney e como um dos melhores herdeiros do Grande Mestre Carl Barks. Mais tarde ele voltaria a produzir para a Gladstone no período entre 1993 e 1999.
Entre 1990 e 1991 Van Horn produziu roteiros e desenhos de histórias com o personagem Donald Diretamente para a "Disney Comics"
Desde 1991 até o presente momento William tem produzido histórias, roteiros e desenhos para as Editoras Gutenberghus e Egmont exclusivamente com os patos.
William van Horn tem um filho - Noel Van Horn - que seguiu os passos do pai e também produz histórias com os personagens Disney.
Van Horn, o pai, mora no Canada, na cidade de Vancouver, desde 1980. Hoje (em 2010) está com 71 anos, e ainda produz. Seu estílo é meticuloso ao extremo. Para produzir uma simples história de dez páginas ele leva mais de dois meses desde a a preparação até a arte-final.
William Van Horn ao lado de Vicar, pode ser considerado um dos melhores herdeiros do estilo espetacular do Mestre Carl Barks, no que se refere à histórias com os patos. Van Horn ainda leva vantagem sobre Vicar, porque além desenhar também produz os roteiros de suas histórias.
Re: William Van Horn
Gênio!
Espero que apareça sempre em 2012.
Espero que apareça sempre em 2012.
Denis- Mensagens : 571
Data de inscrição : 13/01/2012
Idade : 32
Localização : Itajubá - MG
Re: William Van Horn
Que surpresa o Denis elogiando o van Horn!
Eu também gosto muito do Buzina! Foi um dos caras que me motivaram a voltar a comprar Donald (e Disney).
Eu também gosto muito do Buzina! Foi um dos caras que me motivaram a voltar a comprar Donald (e Disney).
Filipe Fauntleroy- Admin
- Mensagens : 1395
Data de inscrição : 11/01/2012
Idade : 36
Localização : São Paulo
Re: William Van Horn
Queria começar aqui de forma emblemática, eheh.
Mandei uma carta, pedindo mais Van Horn, e perguntando quanto dele falta para ser publicada nessas terras brasileiras.
Espero que seja respondida em algum PD.
Mandei uma carta, pedindo mais Van Horn, e perguntando quanto dele falta para ser publicada nessas terras brasileiras.
Espero que seja respondida em algum PD.
Denis- Mensagens : 571
Data de inscrição : 13/01/2012
Idade : 32
Localização : Itajubá - MG
Re: William Van Horn
Artemi escreveu:Nervous Rex (non-Disney)
Muito interessante. Uma pena que a Editora Abril dificilmente aposte em outros materiais diferenciados e obscuros do mundo dos quadrinhos estrangeiro.
Um editora que no passado só publicou o que existia na Tv e nada mais... quadrinhos experimentais e cult? Pra ela isso não existe.
Re: William Van Horn
Tenho MUITA vontade de ler esse material.
Sendo uma publicação original do Van Horn, deve ser genial.
Mas a Abril não poderia publicar isso, não é Disney...
Sendo uma publicação original do Van Horn, deve ser genial.
Mas a Abril não poderia publicar isso, não é Disney...
Denis- Mensagens : 571
Data de inscrição : 13/01/2012
Idade : 32
Localização : Itajubá - MG
Re: William Van Horn
Denis escreveu:Tenho MUITA vontade de ler esse material.
Sendo uma publicação original do Van Horn, deve ser genial.
Mas a Abril não poderia publicar isso, não é Disney...
poder ela poderia, não pertence a nenhuma outra editora brasileira os direitos.
bastaria adquirir os direitos da editora estrangeira.
ela só não poderia se alguma outra editora nacional estivesse retendo os direitos.
Re: William Van Horn
Sim, exato. Se investissem em outros autores como investem no Barks, com certeza eles estudariam lançar esses outros personagens dos autores disneyanos. O jeito é torrar dólares e comprar lá fora...
Filipe Fauntleroy- Admin
- Mensagens : 1395
Data de inscrição : 11/01/2012
Idade : 36
Localização : São Paulo
Re: William Van Horn
Filipe Fauntleroy escreveu:O jeito é torrar dólares e comprar lá fora...
E tentar ler em inglês.
Material interessante esse. E esse dinossaurozinho apareceu nessa HQ do próprio Van Horn, que pra mim tá no meu Top 10 de HQs do "Buzina": http://coa.inducks.org/story.php?c=D+99217
Re: William Van Horn
andreyl. escreveu:Filipe Fauntleroy escreveu:O jeito é torrar dólares e comprar lá fora...
E tentar ler em inglês.
Material interessante esse. E esse dinossaurozinho apareceu nessa HQ do próprio Van Horn, que pra mim tá no meu Top 10 de HQs do "Buzina": http://coa.inducks.org/story.php?c=D+99217
Entao agora ele ficou personagem Disney.
Re: William Van Horn
Artemi escreveu:Entao agora ele ficou personagem Disney.
É mesmo. Me interessei bastante por que ele é um personagem muito engraçado que vive nos sonhos do Donald!
Re: William Van Horn
Essa HQ é absolutamente espetacular, fantástica, e é uma daquelas histórias que só o Van Horn poderia ter escrito.
Só não digo é que top10 meu, porque ele produziu muita coisa boa.
Mas não sei se é o Nervous Rex, o Van Horn já demonstrou gostar de dinossauros e ele vive colocando-os em suas histórias.
Só não digo é que top10 meu, porque ele produziu muita coisa boa.
Mas não sei se é o Nervous Rex, o Van Horn já demonstrou gostar de dinossauros e ele vive colocando-os em suas histórias.
Denis- Mensagens : 571
Data de inscrição : 13/01/2012
Idade : 32
Localização : Itajubá - MG
Re: William Van Horn
Denis escreveu:Mas não sei se é o Nervous Rex, o Van Horn já demonstrou gostar de dinossauros e ele vive colocando-os em suas histórias.
É ele mesmo é indentico. O Donald até o chama de Rex.
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